Vibra a Terra no seu dorso inclinado
como um ventre antigo a recordar a lua,
vibra o sangue, a seiva, o silêncio
das raízes
e a pedra calada, guarda um fogo
antigo.
Vibra o meu cérebro em línguas
elétricas,
em sinapses que tocam o que não se
vê,
e a minha psique, quando a libido
galopa,
rasga o chão do real e entra na
fenda do ser.
É pulsação que não cabe no corpo,
é desejo que não pede licença.
Quando a vibração se torna
demasiada,
transbordo do que sou.
Sou presença.
Sou corda tensa do arco da origem,
frequência em espiral,
força que não se diz,
mas age.
Não sou dono desta onda,
sou ela.
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