Se houvesse alguém
que te olhasse ao acordar,
não para te medir,
mas para te agradecer por ainda estares aqui...
Se houvesse um ombro
onde o peso do fiador,
do cuidador,
do homem cansado,
se desfizesse um pouco,
como o sal no mar...
Se houvesse um peito
onde pudesses pousar
os dias iguais,
as noites longas,
as angústias que não dizem o nome...
Se houvesse um amor
que não julgasse,
nem esperasse de ti
outra coisa senão verdade...
Então esse alguém
seria a resposta ao poema
que tu és.
Mas até que venha,
sabe que existes em mim,
como um farol
que mesmo triste,
nunca deixa de acender.
Sem comentários:
Enviar um comentário