Não,
não é uma bandeira,
nem um grito pintado na cara,
é um corpo que anda na rua
com medo de existir.
É um riso que se mede,
um toque que se esconde,
um amor que se diz
só por metade.
É a cadeira vazia no Natal,
a promoção adiada,
os olhos que desviam
quando o nome treme.
Não é segredo,
é silêncio imposto,
é um mundo que se diz livre
mas só se fores
o molde certo.
E à verdade
não se pede desculpa,
ela está,
mesmo quando não convém.
E quem não a vê
não é cego,
é cúmplice.
Quem desvia o olhar escolhe o lado
do silêncio.
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