Tudo nasce de uma semente invisível,
um gesto sutil que reverbera no tempo,
semeia o vento, e o vento colhe o que foi dado.
Cada ato, um eco, cada pensamento, uma onda.
A causa não é isolada,
é o começo e o fim de uma corrente,
e no silêncio do seu movimento,
a consequência se desenha no horizonte,
tão certa quanto a maré que volta à praia.
A cada passo, criamos,
e ao mesmo tempo, somos criados,
não pelo que queremos,
mas pelo que a vida nos oferece,
pelo que se espelha na nossa ação,
e nos devolve em forma transformada.
Não há fim sem começo,
nem sombra sem luz.
Tudo é teia, tudo é laço,
um eterno jogo de equilíbrio
entre o dado e o recebido
e assim, somos arquitetos
daquilo que nos constrói.
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