Não temos voz
para nomear o que é sem forma,
nem olhos
para ver o que não se mostra,
e, no entanto,
falamos de Deus
como se soubéssemos.
Mas Deus,
se for,
não cabe em catecismos,
nem se curva a rituais,
não se senta em tronos,
nem se deixa prender em livros.
Deus é mais vasto
do que a linguagem permite.
Só o silêncio
é digno do Eterno,
mas o coração humano,
na sua fome de sentido,
canta.
Não por saber,
mas por pressentir,
não por dominar,
mas por amar.
O verdadeiro templo
é o espanto
e a única oração
que não mente
é a que começa assim:
“Não sei…
mas sinto.”
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