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terça-feira, 15 de julho de 2025

Teologia do Silêncio / J.M.J.

Não temos voz

para nomear o que é sem forma,

nem olhos

para ver o que não se mostra,

e, no entanto,

falamos de Deus

como se soubéssemos.

 

Mas Deus,

se for,

não cabe em catecismos,

nem se curva a rituais,

não se senta em tronos,

nem se deixa prender em livros.

Deus é mais vasto

do que a linguagem permite.

 

 

Só o silêncio

é digno do Eterno,

mas o coração humano,

na sua fome de sentido,

canta.

 

Não por saber,

mas por pressentir,

não por dominar,

mas por amar.

 

 

O verdadeiro templo

é o espanto

e a única oração

que não mente

é a que começa assim:

 

“Não sei…

mas sinto.”

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