Vestem-se de bandeira
como quem cobre a vergonha de ter vendido a casa
ao primeiro tirano que fala inglês.
Ajoelham-se perante o império,
não por medo, mas por ambição,
esperando que lhes atirem um osso dourado
enquanto o povo mastiga tarifas
e engole a própria justiça.
Chamam a isso patriotismo
mas é genuflexão bem remunerada,
é lamber as botas do patrão
para que o pai fuja da cela.
Trump impôs o preço,
e o filho agradece,
como se a pátria fosse herança privada
e o povo, figurante mudo.
Mas nós vemos
e diremos:
quem negocia a honra em troca de salvação pessoal
não é patriota,
é traidor.
E não é o tribunal que o há de julgar primeiro,
é a palavra nua
que o inscreve na lama da história.
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