Dizem-me que é tarde,
que os amores eternos pertencem aos
livros gastos
ou às orações de quem já não sonha.
Mas eu conheço outra verdade.
A dos que esperam não por
desespero,
mas por fidelidade ao que sentem.
Há em mim uma crença suave,
não cega,
mas teimosa como raiz em terra
seca.
Não espero um milagre,
espero um gesto que reconheça o meu,
um corpo que não fuja do silêncio,
Um olhar que diga:
"Eu também vim de longe,
e ainda acredito."
Mesmo entre ruínas e ruídos,
sei que essa fusão existe,
não como fantasia,
mas como promessa antiga
que arde sem se apagar.
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