Não era só amor
o que pulsava no início,
era mente em espiral,
cálculo oculto no sopro.
Antes que os olhos da ciência
soubessem nomear o fluxo,
houve um homem, com dedos de luz,
que desenhou a seiva.
Nos galhos, a soma dos troncos,
na árvore, a equação do cosmos,
tudo repartido com exatidão
sem perder unidade.
Talvez o Universo seja isto:
um corpo que pensa em silêncio,
onde cada emoção
é um número em combustão lenta.
A arte, então,
não se opõe à fórmula,
é a curva mais íntima
da inteligência que sente.
E o caos?
Talvez apenas o lado oculto
da simetria por vir,
como a sombra antes do gesto.
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