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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Vozes Entre Ruínas

No ventre rachado da cidade,

onde a poeira dança com o silêncio,

morrem vozes que ousaram falar, 

jornalistas de coragem, luz em meio ao espanto.

 

Seus passos, antes ecos firmes,

agora se perdem entre escombros e lamentos,

mas a verdade que carregavam não se apaga,

é chama que arde no peito dos que ficam.

 

Gaza respira a espera,

espera que é dor e também semente,

em cada rosto marcado pelo medo,

em cada olhar que ainda busca o amanhã.

 

Não há notícias que calem

a força de quem ama, mesmo sabendo do fim,

pois até na sombra mais densa,

há um fio tênue de vida a resistir.

 

Que este poema seja um eco,

um abraço invisível aos que não partiram,

e um altar sagrado para os que partiram,

portadores da luz que nunca se apaga.

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