No ventre rachado da cidade,
onde a poeira dança com o silêncio,
morrem vozes que ousaram falar,
jornalistas de coragem, luz em meio ao espanto.
Seus passos, antes ecos firmes,
agora se perdem entre escombros e lamentos,
mas a verdade que carregavam não se apaga,
é chama que arde no peito dos que ficam.
Gaza respira a espera,
espera que é dor e também semente,
em cada rosto marcado pelo medo,
em cada olhar que ainda busca o amanhã.
Não há notícias que calem
a força de quem ama, mesmo sabendo do fim,
pois até na sombra mais densa,
há um fio tênue de vida a resistir.
Que este poema seja um eco,
um abraço invisível aos que não partiram,
e um altar sagrado para os que partiram,
portadores da luz que nunca se apaga.
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