No silêncio do eu profundo,
há rios que correm sem nome,
forças que nos empurram
para onde a mente teme olhar.
Desejos velados, sombras dançantes;
ecos de instintos nos atravessam,
e nas fissuras do consciente,
surge o fogo que nos move.
Cada fantasia, cada impulso,
não é pecado, mas vida pura,
uma energia que quer ser sentida,
uma chave para o que somos.
O que fingimos não ver
não desaparece: habita, insiste, chama.
E só quem ousa reconhecer
descobre o vasto mar que carrega dentro.
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