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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Salmos – Essência Poética

Ó Senhor, fonte de toda luz e vida,

escuta o clamor do coração humano,

a voz que treme diante do medo,

a alma que busca refúgio e esperança.

 

Tu és rocha firme em meio à tempestade,

porto seguro quando as ondas da vida

tentam arrastar-nos para o abismo.

Nos teus caminhos, encontramos direção,

nas tuas mãos, a proteção que acalma.

 

Senhor, em dias de dor, ouve meu lamento,

quando o espírito se curva sob o peso da injustiça,

quando a angústia se mistura à solidão.

Leva-me da sombra à luz, da aflição à paz,

ensina-me a confiar, mesmo quando o mundo vacila.

 

Teu amor é escudo, tua sabedoria, lâmpada,

cada bênção, um sopro que sustenta a vida.

Mesmo em silêncio, em noites de dúvidas,

Tua presença se sente invisível, mas real,

como o vento que acaricia as árvores.

 

Agradeço pelos rios de alegria,

pelas mãos amigas, pelos pequenos milagres,

pela coragem que nasce no medo,

pela fé que floresce em meio à incerteza.

 

Ó Senhor, que minha vida seja canção,

palavra e gesto de gratidão,

ecoando em toda a criação,

reconhecendo que cada instante

é dádiva, cada passo, caminho,

cada respiração, louvor.

 

Que a alma desperte,

que a mente se acalme,

que o coração se abra,

e que em ti, fonte eterna,

encontre paz, consolo e alegria sem fim.

 

 

(Este poema nasce da escuta atenta aos Salmos bíblicos, esses cânticos milenares que entrelaçam dor e esperança, medo e confiança, lamento e louvor. Não procurei aqui reproduzir palavra por palavra, mas sim captar a essência viva que pulsa neles: a fragilidade humana diante do mistério da vida, e a força que se descobre quando se olha para além de si mesmo, em direção ao divino.

Os Salmos falam com a voz de todos os tempos: o clamor do justo perseguido, o canto agradecido de quem se sente abençoado, a sabedoria que nasce do silêncio, a confiança que resiste mesmo quando tudo parece ruir.

Mais do que textos antigos, são espelhos da alma. Cada geração os lê à sua maneira, e em cada coração eles ressoam de modo único. Este exercício poético é uma tentativa de trazer essa herança para o presente, em linguagem que dialogue com o hoje, mas sem perder a densidade espiritual que os faz atravessar os séculos.)

 

 

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