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sábado, 30 de agosto de 2025

A Gravidade do Invisível

Tudo parece cair;

simples, certo, natural.

Mas o chão é apenas promessa,

e o peso que sentimos

é vestígio de um universo que se curva e respira.

 

O espaço se dobra,

o tempo se inclina,

e estrelas, planetas, luz e sombra

dançam ao som de uma música

que mal conseguimos ouvir.

 

Buracos negros engolem luz,

segredos que nem mesmo o olho vê,

e a gravidade, silenciosa,

ordena o caos,

enlaça o visível e o invisível.

 

Talvez, no silêncio quântico,

resida a chave de tudo:

o fio que liga o muito grande ao muito pequeno,

o sopro que une o cosmos inteiro

num único gesto de atração.

 

E nós, corpos frágeis,

sentimos apenas o toque sutil,

o abraço constante,

o lembrete de que nada cai por acaso.

 

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