No coração da cidade adormecida,
um sussurro percorre ruas vazias.
Não é vento,
não é máquina,
é a lembrança de que o mundo se move,
mesmo quando ninguém olha.
As torres de vidro refletem
a sombra dos que acreditaram ser donos do tempo.
Mas acima, os céus pulsantes
mostram que nada é fixo,
que cada escolha deixa uma marca invisível
nas linhas do destino.
Dimensões dobram-se em segredo,
como páginas de um livro antigo que se lê sozinho.
E cada ser que respira,
cada coração que sente,
torna-se recetor da luz oculta,
guardião de sinais
que apenas os atentos decifram.
Haverá aqueles que continuarão cegos,
acariciando poder e ilusões.
Haverá aqueles que tropeçarão
nas próprias certezas.
Mas haverá também quem desperte,
e nesse despertar
sinta a sinfonia do cosmos
ecoando através do humano,
mostrando que o futuro não é dado,
mas tecido
pelo fogo silencioso da consciência.
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