As águas sussurravam segredos antigos,
juncos dançavam sob o vento impaciente,
e o povo parou, olhou o horizonte,
onde o impossível parecia respirar.
E então, um caminho se abriu,
raso, estreito, iluminado pela fé,
e passos hesitantes tocaram a lama,
cada coração pulsando esperança e temor.
Atrás, a sombra da opressão se agitava,
fria, feroz, tentando engolir o passado,
à frente, liberdade chamava com voz firme,
e as ondas, obedientes, se separavam em silêncio.
Milagre ou natureza, não importa;
o que importa é o espírito que atravessa,
a coragem que segue, a fé que guia,
e o mundo que se transforma
a cada travessia.
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