Há quem se alimente de bordões,
palavras rápidas, afiadas,
discursos que insistem,
como pão seco dado ao rebanho.
Mentiras repetidas tornam-se cânticos,
e a cada eco a verdade se perde,
sufocada sob o peso das certezas.
"As convicções são prisões",
e vemos as grades erguerem-se
naqueles que juram ser livres.
O fanatismo veste-se de coragem,
mas nasce apenas da fraqueza,
dos que não ousam pensar,
dos que temem a dúvida, como fogo.
E assim seguem, de olhos fechados,
aplaudindo quem os engana,
odiando quem os desperta.
Mas um dia, quando o chão ceder
sob o peso das ilusões,
talvez compreendam:
o rebanho não pensa, apenas marcha,
e quem se recusa a ver a verdade
está já meio morto.
(Inspirado no pensamento de Nietzsche, este poema é um alerta contra o
fanatismo e as certezas inabaláveis que cegam o rebanho. Uma chamada para
pensar, questionar e recusar as mentiras que nos são servidas como verdades.)
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