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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

O Rebanho e o Eco

Há quem se alimente de bordões,

palavras rápidas, afiadas,

discursos que insistem,

como pão seco dado ao rebanho.

 

Mentiras repetidas tornam-se cânticos,

e a cada eco a verdade se perde,

sufocada sob o peso das certezas.

 

"As convicções são prisões",

e vemos as grades erguerem-se

naqueles que juram ser livres.

 

O fanatismo veste-se de coragem,

mas nasce apenas da fraqueza,

dos que não ousam pensar,

dos que temem a dúvida, como fogo.

 

E assim seguem, de olhos fechados,

aplaudindo quem os engana,

odiando quem os desperta.

 

Mas um dia, quando o chão ceder

sob o peso das ilusões,

talvez compreendam:

o rebanho não pensa, apenas marcha,

e quem se recusa a ver a verdade

está já meio morto.

 

 

(Inspirado no pensamento de Nietzsche, este poema é um alerta contra o fanatismo e as certezas inabaláveis que cegam o rebanho. Uma chamada para pensar, questionar e recusar as mentiras que nos são servidas como verdades.)

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