Na casa de colunas brancas,
ergue-se um palco de interesses,
onde as paredes, que deveriam guardar o povo,
servem apenas de vitrine ao império pessoal.
Cada sala é um contrato,
cada janela reflete apenas lucro,
e no coração do poder
não pulsa a justiça, mas a moeda.
Fala em nome da pátria,
mas cada palavra é pedra polida
para o próprio trono.
E no disfarce da paz
brilha o diadema dourado,
erguido sobre o chão ainda ensanguentado,
como prémio antecipado da vaidade.
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