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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

As Mães em Pé

Não pedem bandeiras,

não pedem vitórias,

pedem os filhos.

 

Erguem-se diante dos tanques,

diante das palavras gastas dos ministros,

diante da sede de conquista

que não conhece limite.

 

Elas sabem:

cada bomba que cai em Gaza

pode sepultar a esperança,

pode transformar o cativeiro

em silêncio eterno.

 

O governo fala de territórios,

de inimigos,

de glória,

mas as mães falam de nomes,

de risos interrompidos,

de quartos vazios à espera.

 

Israel inteiro pode gritar guerra,

mas elas gritam vida

e contra a fúria dos que mandam,

erguem a sua fraqueza

como a mais indomável das forças.

 

Porque nenhum exército

é mais persistente que uma mãe

quando chama de volta o seu filho.

 

(Este poema nasceu da observação da coragem silenciosa das mães que se levantam em meio à guerra, quando tudo ao redor parece gritar violência e desespero. Ele não é apenas sobre territórios ou política, mas sobre humanidade, amor e resistência. Cada verso busca dar voz àqueles que chamam pelo que mais importa: a vida, os nomes, os risos interrompidos. Aqui, a força não está na espada, mas na persistência de um coração que se recusa a ceder.)

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