Não pedem bandeiras,
não pedem vitórias,
pedem os filhos.
Erguem-se diante dos tanques,
diante das palavras gastas dos ministros,
diante da sede de conquista
que não conhece limite.
Elas sabem:
cada bomba que cai em Gaza
pode sepultar a esperança,
pode transformar o cativeiro
em silêncio eterno.
O governo fala de territórios,
de inimigos,
de glória,
mas as mães falam de nomes,
de risos interrompidos,
de quartos vazios à espera.
Israel inteiro pode gritar guerra,
mas elas gritam vida
e contra a fúria dos que mandam,
erguem a sua fraqueza
como a mais indomável das forças.
Porque nenhum exército
é mais persistente que uma mãe
quando chama de volta o seu filho.
(Este poema nasceu da observação da coragem silenciosa das mães que se
levantam em meio à guerra, quando tudo ao redor parece gritar violência e
desespero. Ele não é apenas sobre territórios ou política, mas sobre
humanidade, amor e resistência. Cada verso busca dar voz àqueles que chamam
pelo que mais importa: a vida, os nomes, os risos interrompidos. Aqui, a força
não está na espada, mas na persistência de um coração que se recusa a ceder.)
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