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sábado, 23 de agosto de 2025

Ecos de Uma Terra em Guerra

Homens partem com a juventude nos ombros,

voltam em fragmentos, carregando dor e silêncio.

 

Cidades respiram em ritmo pesado,

o tempo parece encolher diante da escassez

de mãos, de risos, de vida.

 

O país envelhece enquanto o horizonte arde,

os campos vazios lembram memórias de gerações perdidas,

e a esperança se mede em migalhas de pão e calor.

 

Profissões abandonam escritórios, laboratórios, escolas,

para preencher trincheiras que não descansam.

A experiência se dilui, a força se dispersa,

e cada vitória de terra conquistada

não substitui o que se perde por dentro.

 

O tempo curva-se sobre a pátria,

e mesmo o silêncio das noites geladas

carrega o peso de decisões que não podem ser revertidas.

 

O amanhã é um mapa de incertezas,

onde a vida se move entre sombras e lembranças,

e a guerra, sem fim à vista,

transforma o futuro em uma promessa frágil,

moldada pelo cansaço, pelo medo e pelo eco dos que se foram.

 

 

(Este poema aborda a guerra na Ucrânia, refletindo poeticamente sobre os impactos diretos e indiretos para a Rússia: a perda massiva de soldados, o envelhecimento da população, o esgotamento de recursos humanos e económicos, e as consequências de um conflito prolongado. O objetivo é transmitir, de forma sensível, como a guerra corrói a estrutura social e económica de um país, mostrando que vitórias militares não compensam perdas humanas e demográficas significativas.)

 

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