Um só ponto de luz,
e nele cabem mundos invisíveis.
Não se move no espaço,
mas desdobra-se em camadas secretas
que respiram informação.
Trinta e sete vozes em silêncio,
trinta e sete janelas do impossível,
trinta e sete segredos
entrelaçados como anjos de Enoque
a cantar na língua do nada.
O fóton não viaja,
ele contém,
ele revela,
ele é a própria memória do futuro.
E nós, ao olhá-lo,
vemos que também somos assim:
partículas emaranhadas,
infinitos em um só corpo,
universos dobrados
na simplicidade de um instante.
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