Eis que os mercados se levantam
como torres erguidas sobre areia,
e os homens, cegos pela cobiça,
adoram reflexos em espelhos quebradiços.
Mas digo-vos:
o brilho que vos seduz
é apenas miragem em vidro rachado,
e o vento do tempo soprar-lhe-á a ruína.
Quando o sopro da verdade cair,
os salões serão varridos em silêncio,
as vozes da euforia calar-se-ão,
e restarão apenas estilhaços,
cortando as mãos que os ergueram.
Ai daqueles que confiaram no falso ouro,
pois beberão cinzas em vez de vinho,
e verão que o seu reino de números
não passava de pó.
Assim termina a visão:
os espelhos quebram-se,
e com eles,
a ilusão dos homens.
E por fim
a grande bolha se fará anunciar.
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