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sábado, 30 de agosto de 2025

O Encontro

Há pessoas que entram na nossa vida como tempestades silenciosas.

Tocam-nos de maneiras que não pedimos,

despertam medos antigos, desejos adormecidos,

e fazem-nos sentir simultaneamente mais vivos e mais vulneráveis.

 

Com algumas delas, cada gesto é uma ponte ou um abismo,

cada palavra pode acender luz ou abrir feridas.

A presença é intensa, magnética, quase inevitável,

mas também exaustiva, exigente, capaz até de roubar o fôlego.

 

O coração sabe, antes da mente:

nem todos os encontros merecem permanecer.

Alguns passam para nos transformar, ensinar, avisar,

não para ficar.

 

É nesse delicado equilíbrio entre desejo e preservação

que aprendemos quem podemos deixar entrar

e quem precisamos manter à distância,

não por ódio ou medo,

mas por cuidado com a própria essência.

 

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