Há pessoas que entram na nossa vida como tempestades silenciosas.
Tocam-nos de maneiras que não pedimos,
despertam medos antigos, desejos adormecidos,
e fazem-nos sentir simultaneamente mais vivos e mais vulneráveis.
Com algumas delas, cada gesto é uma ponte ou um abismo,
cada palavra pode acender luz ou abrir feridas.
A presença é intensa, magnética, quase inevitável,
mas também exaustiva, exigente, capaz até de roubar o fôlego.
O coração sabe, antes da mente:
nem todos os encontros merecem permanecer.
Alguns passam para nos transformar, ensinar, avisar,
não para ficar.
É nesse delicado equilíbrio entre desejo e preservação
que aprendemos quem podemos deixar entrar
e quem precisamos manter à distância,
não por ódio ou medo,
mas por cuidado com a própria essência.
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