A Terra gira em silêncio,
mas guarda forças que viram mundos do avesso.
Montanhas se despedaçam,
o mar engole cidades,
e a humanidade, efêmera, observa.
Civilizações florescem, erguem-se em pedra e metal,
mas os ventos do tempo sopram impiedosos.
Ruínas submersas, memórias dispersas,
lendas que chegam a nós como ecos de um passado
esquecido.
O conhecimento se perde, fragmentado pelo cataclismo,
cada sobrevivente carregando pedaços de uma sabedoria
antiga.
O homem renasce, reconstrói,
mas a Terra nunca esquece,
e o ciclo se repete, silencioso e inevitável.
Entre destruição e renascimento,
há apenas a lição da fragilidade,
e a lembrança de que somos passageiros,
pequenos diante da fúria que dorme sob nossos pés.
(Este poema foi inspirado no livro The Adam and Eve Story de Chan Thomas, que propõe a existência de ciclos de cataclismos geofísicos que moldaram a história da humanidade. O poema reflete a ideia de destruição e renascimento da Terra, tal como apresentado por Thomas, sem recorrer a interpretações religiosas.)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.