A luz caminha e não caminha,
flui e não flui,
como pensamento que se divide
entre o ser e o desconhecido.
Duas portas se abrem no invisível,
duas escolhas que o olhar não alcança,
e a partícula, curiosa, hesita:
ser onda ou ser carne?
Mas quando o olhar se aproxima,
quando a consciência toca o instante,
a dança muda,
o invisível revela forma,
e o mundo que parecia livre
sobe ao encontro do que é observado.
O cosmos sussurra nas fendas,
mostrando que cada gesto,
cada presença,
cada atenção desperta
padrões que antes eram impossíveis,
e que só a coragem de ver
permite compreender.
Entre fendas e luz,
humano e cósmico se encontram,
e a realidade se curva
à força de quem ousa perceber.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.