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terça-feira, 26 de agosto de 2025

Quando Eu Partir

Não deixem velas nem lágrimas,

não preciso de rituais nem de silêncio pesado.

Que a minha ausência seja vento

que atravesse as cortinas abertas,

que é apenas a vida mudando de forma.

 

Levo comigo as palavras que escrevi,

mas elas ficam, livres,

como pássaros pousados nos telhados da memória.

Que a poesia continue sem mim,

que ecoe nos corações que a quiserem ouvir.

 

Não é adeus, é apenas deslocar-me

para outro espaço,

onde o tempo não pesa,

e onde a respiração é apenas presença

sem corpo.

 

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