Não deixem velas nem lágrimas,
não preciso de rituais nem de silêncio pesado.
Que a minha ausência seja vento
que atravesse as cortinas abertas,
que é apenas a vida mudando de forma.
Levo comigo as palavras que escrevi,
mas elas ficam, livres,
como pássaros pousados nos telhados da memória.
Que a poesia continue sem mim,
que ecoe nos corações que a quiserem ouvir.
Não é adeus, é apenas deslocar-me
para outro espaço,
onde o tempo não pesa,
e onde a respiração é apenas presença
sem corpo.
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