Há um lugar onde o tempo se curva sobre si próprio,
onde galáxias inteiras dançam como correntes
invisíveis,
onde cada estrela carrega memórias de mundos que nunca
veremos.
IC 1101 respira em silêncio,
um oceano de luz que nos atravessa sem pedir licença,
e sentimos, por um instante,
que somos apenas um sopro,
uma fagulha de consciência perdida
no ventre de um universo que não conhece limites.
O olhar estende-se até onde a mente se perde,
até que o frio absoluto do vazio se torne familiar,
até que a própria insignificância se torne sublime.
E ainda assim, no meio desse assombro,
há uma centelha que nos toca:
somos feitos do mesmo pó estelar,
os nossos sonhos e medos ecoam nas ondas de luz,
e, talvez, só talvez,
a imensidão nos observe e reconheça,
como quem encontra em nós um reflexo do infinito.
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