No silêncio do cosmos, caminhamos,
um sopro frágil entre estrelas.
Se gritarmos, quem ouvirá?
Um vizinho? Um predador? Um deus esquecido?
Na floresta sombria do infinito,
cada clarão pode ser farol ou armadilha.
O silêncio é o nosso escudo,
a prudência, a nossa oração.
E ainda assim… o coração arde,
querendo acender fogueiras no vazio,
chamar irmãos distantes,
esquecer o medo, ser ouvido.
Mas talvez a sabedoria seja esta:
esperar em sombra e em vigília,
até que o universo, ele próprio,
nos chame primeiro pelo nome.
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