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terça-feira, 5 de agosto de 2025

A ternura que nunca se apagou / J.M.J.

Há encontros que não se completam,

que vivem entre o quase e o talvez,

mas deixam em nós uma luz que arde,

uma chama silenciosa, eterna, forte.

 

Não é o toque que nos define,

nem o desejo que se consome,

mas a ternura que se dá,

mesmo quando o caminho se desfaz.

 

No espaço onde o encanto morreu,

fica a memória do que foi ternura,

um abraço invisível que nos une,

um canto mudo que atravessa a dor.

 

Que cada adeus seja semente,

que cada fim seja começo,

pois há beleza no não-dito,

e força no amor que ficou.

 

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