Ela anda. Água nas mãos.
O drone escolhe. O disparo cai.
A menina some. O sangue escorre.
O mundo vê. Alguns olham, poucos choram.
Crianças não têm culpa.
Israel mata. Repetidamente.
A maldade escreve-se em aço e fogo.
A infância morre
de fome
ou assassinada.
O silêncio é pesado,
a injustiça é nua e cruel.
Se existe,
de que lado está esse Deus?
(Este poema nasceu após o testemunho de imagens divulgadas pela Al Jazeera,
onde uma menina palestiniana, carregando água, foi atingida por um drone
israelita, no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, no 681.º dia do
Holocausto Palestiniano. É um eco poético de uma atrocidade real, entre tantas
cometidas contra crianças inocentes.)
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