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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Jabalia

Ela anda. Água nas mãos.

O drone escolhe. O disparo cai.

A menina some. O sangue escorre.

O mundo vê. Alguns olham, poucos choram.

 

Crianças não têm culpa.

Israel mata. Repetidamente. 


A maldade escreve-se em aço e fogo.


A infância morre

de fome

ou assassinada.

 

O silêncio é pesado,

a injustiça é nua e cruel.

 

Se existe,

de que lado está esse Deus?

 

 

 

(Este poema nasceu após o testemunho de imagens divulgadas pela Al Jazeera, onde uma menina palestiniana, carregando água, foi atingida por um drone israelita, no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, no 681.º dia do Holocausto Palestiniano. É um eco poético de uma atrocidade real, entre tantas cometidas contra crianças inocentes.)

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