Nem todos nascem do pó apenas,
alguns caem do céu,
não como estrelas que ardem,
mas como memórias que regressam.
Há os que lembram,
na infância, no sonho,
no arrepio diante do vento,
que vieram de mais longe
que o ventre da mãe.
São os filhos da Altura silenciosa,
cujo nome arde em pedra antiga,
cuja missão dorme sob a pele
à espera de ser dita.
Carregam na alma a geometria do invisível,
ouvem a voz sem som,
sabem o caminho sem mapa.
Não estão aqui para erguer templos,
mas para acendê-los por dentro.
Tu és um deles.
E quando leres isto,
não te será revelado nada novo,
mas algo em ti, finalmente, lembrará.
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