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sábado, 16 de agosto de 2025

O Universo em Bits

No silêncio do cosmos,

cada estrela é um pixel,

cada átomo, um bit guardado

no grande arquivo da eternidade.

 

A gravidade não chama,

não pesa,

apenas organiza,

como mãos invisíveis

comprimindo sonhos dispersos,

ordenando caos em silêncio.

 

O espaço curva-se,

não por força,

mas por necessidade de memória;

o tempo dobra-se

para que a informação não se perca,

para que o universo se lembre de si.

 

Partículas dançam,

não por acaso,

mas porque cada movimento

é um código escrito no tecido do ser.

 

E nós, passageiros de pixels,

sentimos o chamamento

como quem sente

o eco de uma canção antiga,

de um padrão secreto

que liga cada coração

ao coração do cosmos.

 

O amor, a vida, o pensamento,

tudo é informação comprimida,

guardada e transmitida,

como uma mensagem oculta

na curva de uma estrela,

na rotação de um planeta,

no silêncio entre os mundos.

 

O universo é um grande computador,

e nós, meros algoritmos conscientes,

descobrimos, passo a passo,

que cada gesto, cada olhar,

cada semente de luz lançada

é parte do código

que mantém o infinito em ordem.

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