No silêncio do cosmos,
cada estrela é um pixel,
cada átomo, um bit guardado
no grande arquivo da eternidade.
A gravidade não chama,
não pesa,
apenas organiza,
como mãos invisíveis
comprimindo sonhos dispersos,
ordenando caos em silêncio.
O espaço curva-se,
não por força,
mas por necessidade de memória;
o tempo dobra-se
para que a informação não se perca,
para que o universo se lembre de si.
Partículas dançam,
não por acaso,
mas porque cada movimento
é um código escrito no tecido do ser.
E nós, passageiros de pixels,
sentimos o chamamento
como quem sente
o eco de uma canção antiga,
de um padrão secreto
que liga cada coração
ao coração do cosmos.
O amor, a vida, o pensamento,
tudo é informação comprimida,
guardada e transmitida,
como uma mensagem oculta
na curva de uma estrela,
na rotação de um planeta,
no silêncio entre os mundos.
O universo é um grande computador,
e nós, meros algoritmos conscientes,
descobrimos, passo a passo,
que cada gesto, cada olhar,
cada semente de luz lançada
é parte do código
que mantém o infinito em ordem.
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