A libélula paira sobre a água,
os olhos vigilantes
percebem o que escapa à pressa dos homens.
No silêncio do seu voo
ela colhe o invisível
e desfaz o risco antes que tome forma.
Desde a lama ela vigia,
devora o perigo ainda em semente,
cumpre um ofício antigo sem testemunhas.
E nós, que tudo tememos
e pouco compreendemos,
matamos a sentinela
que nos protegia em silêncio.
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