No coração da ruína, onde a morte parecia reinar,
brotou um ser, que não teme o veneno invisível,
negro como o ébano da noite mais densa
e dança com a radiação, sua chama e alimento.
Não foge do que destrói,
mas o acolhe, o transforma, o domina.
A melanina, escudo e ponte,
é sua armadura e sua força,
tecendo luz das sombras.
Este fungo é um segredo antigo,
escondido entre o caos e o silêncio,
um sinal de que a vida não se rende;
ela reinventa, resiste, ressurge.
E se a sombra que carregamos,
todas as dores, os medos, os abismos,
fossem, na verdade, sementes de poder?
Que aprendamos com o fungo negro,
que aceita o que parece fim,
para fazer dele o princípio de um novo dia.
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