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domingo, 17 de agosto de 2025

Mensageiros Invisíveis

Trilham o cosmos sem ruído,

fantasmas leves de luz e tempo.

Atravessam estrelas, mundos,

o teu corpo, e não sentes nada.

 

Nascem do coração do Sol,

do colapso das estrelas antigas,

de reatores e da própria Terra,

portadores de segredos do universo.

 

Não se detêm, não se prendem,

mudam, oscilam, transformam-se,

sussurram histórias antigas

que só a ciência ousa escutar.

 

São invisíveis, mas existem,

como pensamentos que passam

além da nossa perceção,

mensageiros de um infinito desconhecido.

 

 

(Os neutrinos são partículas quase invisíveis que atravessam o universo e os nossos corpos sem serem percebidas. Inspirado por este fenómeno, o poema procura dar voz ao que passa despercebido, lembrando-nos que o universo guarda mistérios invisíveis, mas reais, que influenciam tudo ao nosso redor. É um convite à atenção, à curiosidade e à contemplação do que existe além dos sentidos.)

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