Não foi erro,
nem mágoa,
nem falha de amor,
foi apenas o som a mudar.
O que antes vibrava em uníssono
ficou dissonante,
como se um de nós respirasse noutra clave,
num compasso já distante.
Escutávamos a mesma canção,
mas em momentos diferentes
e há músicas que, para soarem bem,
precisam do tempo certo
nos dois corações.
Não houve despedida,
porque nada se quebrou,
apenas cessou a ressonância.
E se um dia nos reencontrarmos,
não será para reatar,
mas para sorrir
ao eco que um dia
foi casa.
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