Não sou muito,
nem pouco,
sou só um corpo em marcha lenta,
uma pele tocada por frio e calor,
um peito que se abre
e depois se esquece.
Carrego a dúvida
como quem leva um copo vazio,
e o cansaço de ser
sem explicação.
Sem feitos,
sem histórias,
só esta presença breve
de estar,
aqui,
agora,
onde tudo passa
e quase nada fica.
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