Há dias em que o coração sente o peso da própria profundidade,
onde cada pensamento se alonga como sombra que procura a luz.
As emoções oscilam entre o desejo de liberdade e o impulso de mergulhar no
que é íntimo e essencial.
É um tempo de tensão e clareza,
onde as palavras se recusam a ser simples
e a verdade se veste de ambiguidade.
A mente quer compreender, explicar, expandir,
enquanto a alma lembra que nem tudo precisa de razão.
O corpo pede ação, movimento,
mesmo que o espírito deseje quietude.
É um impulso que empurra para fora o que precisa ser sentido,
para que se transforme em luz contida.
Há oportunidades de perceber conexões profundas,
de tocar a própria essência sem medo,
de encontrar, na vulnerabilidade,
uma força que escapa ao olhar comum.
E mesmo quando a inquietação aperta,
quando os limites se tornam visíveis,
há uma sensação subtil de expansão,
uma compreensão de que cada instante,
por mais denso ou incerto,
contém um sopro de eternidade.
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