O ar treme com presságios que não se podem nomear,
e tudo que vive no espaço da cidade sente o peso e a espera.
Algumas palavras hesitam, outras explodem em silêncios
que atravessam ruas, casas, vidas,
como se cada movimento contasse a história de todos.
Há encontros que não se veem,
decisões que se acumulam,
forças que se chocam,
equilíbrios instáveis sustentam o cotidiano.
No centro do instante pulsa um ritmo secreto,
que convida ao ajuste, à introspeção,
àquele esforço silencioso de perceber
onde termina o eu e começa o outro.
Tudo se expande e se move,
como quem respira com a cidade;
e mesmo o desconforto, a tensão, a resistência,
são fios que tecem uma ordem inesperada.
Não há início nem fim,
apenas o instante em que o mundo respira
através de cada vida que cruza o seu caminho,
e se recorda do que ainda pode ser transformado.
(Poema inspirado nos aspetos astrológicos do dia 7 de novembro de 2025,
calculados para Greenwich, traduzindo em linguagem poética as energias
simbólicas que atravessam o tempo e o espírito humano.)
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