No intervalo entre dois gestos
habita o mundo.
Nem cheio, nem vazio, apenas presente.
O ser é a ponte
entre o silêncio e o eco,
entre o que nasce e o que volta a ser nada.
Não há fronteira entre dentro e fora,
há apenas o movimento do olhar
que se recolhe para ver melhor.
O pensamento é um sopro,
não para dominar,
mas para tocar o ritmo secreto das coisas.
E quando o nome se dissolve,
a vida respira por si,
livre, sem dono,
como o vento que não precisa de direção.
(Poema inspirado em reflexões da filosofia oriental
contemporânea sobre o vazio, o ser e o espaço silencioso, onde a consciência e
o mundo se encontram.)
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