O amor não se anuncia,
não pede nome nem forma,
move-se entre o visível e o que pressente,
no silêncio onde o ser se reconhece.
Não é posse,
nem promessa,
é um sopro que sustenta o frágil
e acolhe o que não tem abrigo.
Habita o gesto que não busca retorno,
a mão que se estende sem esperar,
o olhar que atravessa a matéria
e vê o que nela respira.
O amor não fala,
revela.
É o espaço onde o mundo
se recorda de si.
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