Um novo sol nasceu,
mas não aquece, apenas revela.
Nada se oculta à sua claridade,
nem o sonho, nem o corpo, nem o pensamento.
As casas perderam as paredes,
os gestos perderam o abrigo.
Tudo é visível,
até o que implora por sombra.
Chamaram progresso
a essa luz que nunca se apaga.
Mas há olhos cansados
de ver demais.
O segredo tornou-se relíquia,
o silêncio, rebeldia
e quem deseja ser humano
aprende a esconder-se dentro do próprio olhar.
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