Há gestos que respondem antes de pensar,
ecos antigos que despertam
sem aviso, sem vontade.
O mundo oferece sinais:
cores, sons, cheiros,
e o corpo conhece o caminho
antes que a mente se dê conta.
Aprendemos a repetir,
a dobrar-nos ao ritmo do que toca,
como se o tempo gravasse
memórias invisíveis no coração.
E mesmo quando o sopro da consciência chega,
há um murmúrio que insiste:
nem tudo nasce do querer;
algumas respostas já estão
onde o instinto e a vida se encontram.
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