O vento rasga o silêncio da pedra,
e a raiz sente o peso da terra que não mente.
O fogo consome apenas o frágil,
mas revela a forma do que permanece.
O mar, em cada onda que quebra,
mostra a verdade que não se esconde.
O céu estilhaça-se em luz,
e o sofrimento ecoa, lembrando:
somos feitos para ver, tocar, sentir
o que jamais se oculta.
Na pele da noite, a alma encontra
o real que sempre esteve lá,
quieto, paciente, aguardando
o instante em que a dor se torna ponte
entre o invisível e o vivido.
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