Escrevo para o silêncio,
não para vencê-lo,
mas para conversar com ele.
Cada poema é um murmúrio,
um gesto
de quem tenta compreender
o que permanece
quando tudo o resto se cala.
Não procuro respostas,
escuto ecos antigos
que vivem no fundo da alma.
As palavras que nascem do silêncio
não são minhas, nem tuas;
pertencem ao espaço entre nós.
Trazem fragmentos de amor,
de dor
e de luz.
São cartas que talvez nunca cheguem,
ou que cheguem
quando já não for preciso ler.
Se as encontrares,
lê-as devagar,
não para entender,
mas para sentir.
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