Não é o fogo que devora,
é o que ele revela.
Na sua luz,
as formas compreendem o seu próprio limite.
Tudo o que existe é movimento,
mas há uma inteligência na mudança,
um impulso: destrói, organiza, transforma.
O fogo pensa,
ainda que sem palavras.
É dele que nascem
a ideia, o gesto, o renascimento.
Ser é queimar,
e no entanto,
há uma paz no centro da chama.
Quem escuta o fogo
escuta o mundo a refazer-se
dentro e fora,
num só sopro.
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