O indivíduo pensa,
pondera, pesa.
A multidão sente,
reage, ecoa.
Não é a razão que guia,
mas o medo que se espalha,
o ódio que arde,
a imagem que captura corações.
Bodes expiatórios erigidos,
culpados inventados;
a verdade dilui-se
no clamor da massa sem eixo.
Quem observa permanece atento,
sabe que o silêncio e o pensamento
são armas,
armas contra o furor,
armas contra a ilusão.
Compreender é resistir,
resistir ao canto das mentiras,
resistir à voz que divide,
resistir à multidão que esquece.
(Poema inspirado em reflexões sobre ideologias que
fomentam o ódio, a divisão social e a criação de culpados, analisando os
mecanismos de manipulação e poder.)