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terça-feira, 22 de julho de 2025

Sem Amanhã / J.M.J.

Sentado no poial

da tua espera,

espero-te, curvado

à tua ausência.

 

Sinto o silêncio no umbral

dos desencontros,

à medida que a porta

se abre,

ainda a ranger.

 

Já é tarde demais

para continuar a esperar,

sem manhã,

sabendo-te já distante,

fora destas paredes,

longe do amargo

desespero.

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