Vivo num sonho,
onde o amor é sempre possível,
onde ele não se desfaz no tempo
nem nas dificuldades que a vida
impõe.
Mas a realidade me puxa
para a sua exigência constante,
como se o sonho fosse um luxo
para poucos,
para aqueles que sabem viver o
tempo
com a leveza de quem não carrega o
mundo
nas costas.
Sinto-me muitas vezes distante
daqueles que estão ao meu lado,
é como se vivesse em duas
realidades:
uma, onde o amor é puro e sublime,
e outra, onde o amor se esconde
por detrás dos deveres e das
máscaras
que o dia a dia exige de nós.
Será que o amor sublime é apenas um
sonho?
Ou será que ele mora também nas
pequenas coisas
que fazemos com o coração aberto,
sem esperar nada em troca?
Eu tento acreditar que sim,
que ele se esconde nos gestos mais
simples,
nas palavras não ditas,
nos olhares que sabem esperar,
nos silêncios que acolhem.
Mas a dúvida é constante.
Serei capaz de viver este amor
mesmo dentro dos limites da vida?
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