Não é o abismo que dói
mas o nome que lhe damos,
não é a noite que pesa
mas o medo que acendemos nela.
A mente projeta, traça destinos,
escreve dramas antes do acto,
como se soubesse
o que só os deuses ousam prever.
E assim, o que poderia ser leve
torna-se pedra,
o que poderia ser passo
enraíza-se no chão.
Mas nada do que ainda não veio
tem morada,
só o agora respira,
sem juízo, sem pressa, sem fábula.
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