Entra em cena,
não importa se o pano cai cedo
ou se os aplausos nunca chegam.
O guião foi-te dado sem ensaio,
mas a voz, essa, é tua
e a forma como a elevas
faz da peça um acto digno.
Há máscaras que pesam,
que abafam o sopro da origem,
que traem o rosto que vieste
mostrar,
não as uses.
Reveste-te da que brilha sem
fingimento:
a da dignidade,
aquela que te alinha
com a nascente do teu ser.
Mesmo no papel mais breve,
não te esqueças:
representar bem
é lembrar quem és,
por dentro
e apesar de tudo.
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