Viverei eu noutro mundo?
Será que o meu olhar se perde,
como se o coração batesse
em uma frequência diferente da
multidão?
Será que, no meio de tantos,
há ainda alguém que se sinta como
eu,
fora deste lugar,
onde tudo parece ser feito de
regras e repetições?
Eu vejo a natureza,
e me pergunto por que ela não é
mais eficaz,
por que não cria atrações mais
claras,
caminhos de encontros,
energias invisíveis que toquem as
almas
mesmo quando não estamos à espera.
Será que a conexão,
esse elo profundo e quase
esquecido,
está apenas escondido em cada gesto
pequeno,
em cada silêncio,
em cada olhar que escapa da rotina,
como se fosse um segredo antigo
à espera de ser lembrado?
Eu quero acreditar que sim,
que ainda há algo invisível,
como um fio que nos une
sem que possamos vê-lo
e que, mesmo na escuridão,
os encontros acontecem,
onde o tempo não chega a existir.
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